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Wednesday, January 18, 2012

SOBRE O APRENDIZADO DE LÍNGUAS CLÁSSICAS E ESPERANTO NAS ESCOLAS.

SOBRE O APRENDIZADO DE LÍNGUAS CLÁSSICAS E ESPERANTO NAS ESCOLAS.

De: Davi Almeida

Gente, é sério: tenho PLENA convicção de que GOSTO É GOSTO e ninguém discute isso. É muito mais fácil chegar e falar: não acho graça nisso (por ter tentado, se esforçado MESMO, e definitivamente não ter se encontrado naquilo em que se esforçou pra gostar), e ficar de boa, sabe? Lançando argumentos legais, desabafando mesmo, mas dando motivos plausíveis pra esse desinteresse todo.

No entanto, eu acho incrível como nego acha que aprender línguas como esperanto ou latim é pura perda de tempo! Isso pra não citar outras línguas "menos divulgadas", como o hebraico, na qual GRAÇAS A DEUS pude já ter me formado na faculdade, o persa, o cantonês, o tailandês, indonésio, etc. Não sou especialista em latim, ou grego, ou até mesmo esperanto. Mas definitivamente NÃO ACHO aprendê-las algo que faça perder tempo. Quem ler pode não concordar comigo,

O primeiro, acham perda de tempo porque não consideram língua, ou que não passa de um hobby de gente que não teria nada pra fazer além de queimar a mufla, ou porque "NINGUÉM fala isso". O segundo, porque "é difícil", por "NINGUÉM MAIS falar", e no fim, por ser língua morta, por ser "língua de padre", e mais um monte de "argumentos" que traduzem mais uma falta de interesse - talvez.

Francamente, eu às vezes, também baseado em depoimentos, fico pensando, se caso pelo menos o esperanto*, primeiro, e o latim - nessa ordem, fossem ensinados nas escolas, de forma mais atrativa, talvez como opções de línguas estrangeiras, tenho plena certeza de que:

1. O esperanto possibilitaria os alunos a perceberem a língua/a linguagem como um fenômeno lógico - e quando eu digo língua, eu digo o idioma "comum", "codificado", sem dialetos: o idioma dito PADRÃO. Além do que, ajudaria ele a perceber também os idiomas estrangeiros como algo LÓGICO, cujas regras básicas (simples ou simplificadas), uma vez adquiridas de forma sólida, ajudariam caso aumentassem de dificuldade de forma gradativa, dando lugar às exceções de forma ORDENADA.

E além de também possibilitar o contato ESTREITO, sim, com pessoas do MUNDO INTEIRO - disso eu posso falar por experiência, seja em redes sociais, seja na vida real -, tornaria a aquisição e a formação da ESTRUTURA da língua muito mais simplificada, justamente por usar o sistema de aglutinação e ter em seu vocabulário palavras dos mais diversos idiomas (em sua maioria europeus, o que não torna sua estrutura menos asiática, uraloaltaica, americana ou polinésia).

2. O latim, depois de se haver aprendido o esperanto, seria, portanto, visto como algo lógico. SOBRETUDO as declinações, cuja estrutura é praticamente a mesma do russo e do alemão (só pra dar um exemplo comparando-o com as línguas mais faladas).

E através do seu aprendizado, o qual, se falarmos em termos de ACESSIBILIDADE, é o mais próximo da gente; MUITAS regras não só do português coloquial ou do literário, seriam aprendidas, apreendidas, e justificadas (historicamente) justamente pelos usos da língua-mãe. Além do que, possibilitaria um estudo mais sólido e profundo , partindo do princípio da analogia, de outros idiomas não só da família neolatina, como também da família indoeuropeia (céltico, germânico, báltico, eslavo, indoiraniano, helênico, albanês, etc.).

E isso porque eu não falei do grego clássico, que seria de grande valia pra gente, caso fosse ensinado. Inclusive, pra quem se interessa em russo/linguística eslava (sim, Kalebe, é contigo mesmo, HEHEEH!! Lembrando o que Mr. Alberto disse, né não, Guilherme e Marco?) é importantíssimo estudar o grego, pois foi a partir dos decalques DELE que se originou a literatura eslava propriamente dita.)

No fim, apesar de NÃO ENTENDER o porquê da ojeriza pelo latim - eu espero que não entendam mal: cada um é livre pra aprender o que quiser. Só por favor, gente, não critiquem as coisas por pré-conceito ou (falso) pragmatismo!!